Maioria procura casa entre os 100 e os 200 mil euros

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Estudo do idealista, realizado em Janeiro de 2021, revela que mais de 4 em cada 10 pessoas que pretendem comprar casa, procuram imóveis entre os 100 e os 200 mil euros.
O referido estudo traça o perfil de quem procura comprar habitação em Portugal e, através dos resultados, constata-se que, em termos de valor, 85,5% dos mais de 2000 inquiridos procuram casas abaixo dos 300.000€. Cerca de 23,7% dos inquiridos procura imóveis abaixo dos 100.000€, 8% entre os 300.000€ e os 400.000€ e 4,3% entre os 400.000€ e os 600.000€. Apenas 2,2% dos inquiridos procuram casa de valor acima dos 600.000€.
O inquérito revela também que cerca de 60% dos potenciais compradores de habitação já possuem pelo menos uma casa.
“O facto de dois terços das pessoas que procuram casa para comprar já serem proprietários de pelo menos uma outra casa, poderá ter a ver com o fato de atualmente existirem créditos à habitação com taxas de juro em mínimos históricos e, por outro lado, a estabilidade de um imóvel como investimento em relação a outros ativos, num momento em que o nível de poupança também subiu em termos médios. Este investimento no mercado poderá levar a um aumento do número de casas para arrendar no futuro e a uma possível descida nos preços”, refere Ruben Marques, porta-voz do idealista, citado em comunicado.
A maioria das pesquisas, cerca de 53%, são dirigidas a casas usadas em bom estado, enquanto a habitação nova é pretendida por 26,3% dos inquiridos. Há ainda 19,9% que procuram imóveis usados para reabilitar.
Em termos de localização, o interesse na compra de casa limita-se ao mesmo município de onde residem (50%), enquanto 25,6% procura noutro distrito e 24,4% procura em outras cidades do distrito de onde habitam.
O estudo indica que, em termos de perfil dos interessados em comprar casa, predominam mulheres entre os 36 e os 45 anos, casadas, com filhos e com contrato de trabalho por tempo indeterminado. Como referido, o valor mais procurado encontra-se entre os 100 mil e os 200 mil euros, sendo a tipologia mais requerida a de dois quartos (T2), com 41,1%, seguida dos T3, com 39,6%. Para 28,5% dos inquiridos a hipoteca necessária corresponde a entre 50% e 80% do valor, seguindo-se os que precisam de mais de 80%, com 23%. Há ainda 22% que dizem não precisar de crédito à habitação.
Ao contrário do que se possa pensar, a pandemia não provocou uma radical mudança de tendências, mas resultou numa alteração das preferências de quem procura habitação: cerca de um 20% dos inquiridos mudou de critérios e/ou motivações. Um dos fatores em destaque no momento de encontrar uma nova casa passou a ser a melhoria de qualidade de vida com 40,1% de respostas.
E no distrito de Aveiro? Qual o perfil dos potenciais compradores de casa?
No distrito de Aveiro, em termos de perfil dos interessados em comprar casa, predominam homens casados entre os 46 e os 55 anos, com filhos e com contrato de trabalho por tempo indeterminado, sendo o principal objetivo comprar casa para primeira habitação.
O valor mais procurado situa-se, tal como nos dados acumulados do país, entre os 100 mil e os 200 mil euros, sendo que a tipologia mais procurada no distrito de Aveiro é a de três quartos (46,9%), seguida dos T2, com 34,4%.
Para mais de 30% dos inquiridos, a hipoteca necessária varia entre os 50% e os 80% do valor total da compra. Apenas 15% afirmam que não irão necessitar de recorrer ao crédito à habitação.
Quando questionados sobre qual o tipo de casa que pretendem adquirir, mais de metade afirma procurar casas usadas em bom estado. Cerca de 15% procuram casas para reabilitar e 27,6% pretendem uma construção nova.
A maioria dos inquiridos, considera essencial que a casa que procuram tenha espaço exterior, terraço e/ou jardim.